As securitizadoras exercem um papel essencial no setor financeiro ao transformar ativos em produtos financeiros que podem ser comercializados no mercado. Mas afinal, o que são essas empresas e por que elas são tão relevantes?
Embora o termo possa parecer complicado, as securitizadoras estão presentes em várias áreas da economia, desde o setor habitacional até os investimentos no mercado de capitais.
Neste artigo, você vai entender o funcionamento das securitizadoras de crédito, como elas operam e sua importância para o ecossistema financeiro.
O que são securitizadoras de crédito
Securitizadoras são instituições que intermediam a relação entre quem possui ativos financeiros – como bancos, financeiras e empresas – e os investidores que desejam adquirir esses ativos de forma mais acessível.
Essas empresas transformam ativos como empréstimos, financiamentos, recebíveis de cartão de crédito ou contratos de aluguel em títulos financeiros, que passam a ser negociados nos mercados de capitais.
Como funciona a atuação de uma securitizadora
Imagine uma pessoa com um financiamento habitacional ou um empréstimo pessoal em andamento. O banco responsável por esse crédito possui o direito de receber os pagamentos futuros, mas pode optar por antecipar o recebimento desses valores. É aí que entra a securitizadora.
Ela compra esse conjunto de créditos do banco e os transforma em títulos que podem ser vendidos a investidores. Quem compra esses títulos está, na prática, financiando o banco e, em troca, recebe pagamentos periódicos, compostos por parcelas quitadas pelos tomadores originais do empréstimo.
Exemplo prático: se um cliente deve R$10.000 ao banco, a securitizadora pode criar um título chamado “Título A”. Um investidor pode comprar esse título por R$1.000, recebendo posteriormente os pagamentos feitos pelo devedor. Assim, o banco recupera parte do dinheiro antes do prazo final, e o investidor tem a chance de obter retorno financeiro.
Esse processo permite que instituições financeiras tenham mais liquidez para conceder novos créditos, movimentando a economia e criando oportunidades de investimento.
Etapas da securitização
O processo de securitização envolve várias fases:
- Reunião de créditos: a securitizadora agrupa diversos tipos de empréstimos e financiamentos.
- Formação de um pacote: esses créditos são organizados em um conjunto único.
- Emissão de títulos: o pacote é transformado em títulos negociáveis.
- Venda ao mercado: os títulos são vendidos a investidores interessados.
- Repasses: à medida que os devedores pagam, os recursos são repassados aos investidores.
- Monitoramento: a securitizadora acompanha os pagamentos para garantir o fluxo correto.
- Encerramento: ao fim do ciclo, os investidores recebem os últimos repasses, e a operação é concluída.
Com essa estrutura, as securitizadoras facilitam a circulação de recursos no mercado, possibilitando que bancos e empresas tenham mais capital disponível. Ao mesmo tempo, criam oportunidades para investidores diversificarem sua carteira com base em créditos privados.
Em resumo, essas instituições são fundamentais para ampliar o acesso ao crédito e promover maior dinamismo na economia.