Reajuste do aluguel: como funciona e dicas para se planejar

O reajuste do aluguel é um processo previsto em lei que acontece de forma periódica e pode impactar bastante o orçamento de quem aluga um imóvel. Por isso, entender como ele funciona e se preparar financeiramente é fundamental para evitar surpresas.

📌 Como funciona o reajuste do aluguel

O valor do aluguel pode ser atualizado a cada aniversário do contrato. Ou seja, se você assinou em setembro, só poderá ter reajuste em setembro do ano seguinte. Nunca antes.

O cálculo considera fatores como:

  • Tamanho e padrão do imóvel;
  • Número de cômodos;
  • Localização;
  • Reformas, melhorias e infraestrutura do bairro.

Além disso, inflação e movimento de oferta e demanda na região também influenciam nos ajustes.

📊 Quais índices são usados no reajuste

  • IGP-M (Fundação Getúlio Vargas) – reflete preços ao produtor, consumidor e na construção; é o índice mais tradicional.
  • IPCA (IBGE) – índice oficial da inflação no Brasil; tem sido cada vez mais adotado por oferecer menos variação.
  • INPC – voltado a famílias de menor renda; usado em contratos residenciais específicos.

O índice aplicado sempre depende do que está no contrato de locação.

🧮 Exemplo de cálculo

Imagine um aluguel de R$ 1.500,00, com reajuste em junho de 2025. Se o IPCA acumulado em 12 meses foi de 5,35%, o cálculo seria:

Novo aluguel = 1.500 × (1 + 5,35/100) = R$ 1.580,25

📜 Direitos e deveres previstos em lei

A Lei do Inquilinato (Lei 8.245/91) garante regras como:

  • Reajuste apenas no aniversário do contrato;
  • Possibilidade de revisão judicial após 3 anos, caso o valor esteja defasado;
  • Proibição de exigir pagamento antecipado, salvo exceções;
  • Sub-locação com limites proporcionais ao contrato original.

💡 Como se planejar para o reajuste

  • Organize suas finanças com planilha ou aplicativo;
  • Mantenha uma reserva de emergência equivalente a até 6 meses de despesas;
  • Reveja gastos supérfluos para acomodar o aumento.

🤝 Como negociar de forma justa

  • Pesquise preços de imóveis semelhantes na região;
  • Leve em conta qual índice de reajuste está no contrato;
  • Use seu bom histórico como inquilino como argumento;
  • Formalize qualquer acordo por escrito em aditivo contratual.

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